quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mães/Pais bem resolvidos, crianças bem decididas



É notório perceber que filhos de mães resolvidas aprendem a decidir  mais cedo, sem medo de errar.
 
As mães que passam segurança e firmeza em seus combinados com as crianças dão a estas a sensação de que, suas decisões serão aceitas dentro daquilo que foi acordado. Os pequenos até tentam fazer pequenos ajustes, mas sempre com a certeza que serão ouvidos e após isso, suas opiniões poderão ser ou não ser aceitas.
 
Pais bem resolvidos emocionalmente e profissionalmente, deixam naturalmente seus filhos escolherem o caminho a percorrer, pois sabem que assim como eles, também chegarão ao seu objetivo
 
Pelo exemplo, e pelas vivências conjuntas com seus familiares, sabem que errar faz parte do processo de aprendizagem e que sofrer consequências faz parte do processo de reconhecimento das escolhas.
 
Sabemos que a sinalização e mesmo a criação de pequenas regras que colocam limites, são fatores importantes na educação, mas o  direito de decidir deve ser estimulado desde a infância.
É muito comum encontrarmos crianças que desde pequenas demonstram falta de segurança ao realizarem tarefas comuns e mais simples, como pintar um desenho, subir em determinado brinquedo.
Segundo muitos psicólogos, pessoas sem auto-estima estão ligadas a pais muitas vezes autoritários que começam a desestabilizar a criança, nem sempre por serem castradores, mas sim por excesso de amor e cuidado  por não quererem que elas passem pelas mesmas situações pelas quais já passaram. Acabam não percebendo que sua insegurança, produz atitudes  que demonstram naturalmente que a criança, é incapaz de realizar sozinha as buscas que trarão satisfação e um grande aprendizado, mesmo que elas não sejam tão corretas como os pais imaginam.
Sem perceberem, ao protegerem demais seus filhos, limitam o seu desenvolvimento tornando-as inseguras e com medos e insatisfações interiores que podem, a qualquer momento se transformar em momentos de raivas ou mesmo em distanciamento daqueles que esperam atitudes mais positivas.
Deixar que seus filhos busquem seu aprendizado sem medo de errar é muito importante.
Lembrem-se, muitos de vocês se realizaram experimentando positivamente e negativamente. Ou melhor, deram a cara à palmada para aprender. Chegaram onde queriam, não é??

segunda-feira, 20 de junho de 2011

DEPRESSÃO INFANTIL


Quem já enfrentou uma crise de Depressão sabe que este é um desafio respeitável, algo como bater de frente com um maciço elefante de tristezas e frustrações. Agora feche os olhos por um instante e tente imaginar alguém com um décimo da sua bagagem de vida tendo que enfrentar o mesmo elefante... No mínimo, uma covardia; no máximo, uma carnificina. É exatamente este tipo de ameaça que a Depressão Infantil representa.


Estima-se que a Depressão Infantil afete uma em cada 20 crianças abaixo dos 10 anos de idade. O problema maior (e o grande risco) está no fato de muitas de suas manifestações serem absolutamente diferentes daquelas observadas em pessoas adultas. Já presenciei casos de crianças rotuladas como difíceis e mal-educadas, quando, na verdade, estavam sofrendo de crises depressivas severas. E ninguém parecia estar entendendo coisa alguma.
As crianças não possuem vocabulário suficiente para expressar seus sentimentos. Em geral, fazem isso melhor através de atitudes. E quem tem paciência hoje em dia para prestar atenção em atitudes que perturbam? Quem nunca criou um rótulo instantâneo e descartável para um filho ou sobrinho de comportamento irritante? Infelizmente, em alguns casos, a crise de pirraça ou aquela agitação toda eram manifestações de um quadro depressivo. E você comeu mosca.


Por exemplo, uma criança com menos de 6 anos de idade que se torna desinteressada, ansiosa, não quer ir para a escola, se queixa freqüentemente de cansaço, dor de cabeça ou dores na barriga associadas a medos irracionais, pode estar sofrendo de Depressão.
A Depressão Infantil pode afetar o rendimento escolar, o desenvolvimento emocional normal e a estabilidade de toda a família, resultando em uma maior incidência de violência doméstica e abuso de drogas. Sem tratamento adequado, 40% das crianças afetadas apresentarão uma crise grave de Depressão nos 2 anos seguintes, metade delas tentará o suicídio e 7% terão êxito.


Ainda não se sabe exatamente a causa da Depressão Infantil. Fala-se muito em fatores genéticos, orgânicos e ambientais. Sinceramente, na imensa maioria dos casos que atendo, a criança está simplesmente refletindo a falta de atenção, carinho e estrutura familiar à sua volta.
Se você acordou para o problema e quer evitar que a Depressão ameace o pequeno tesouro que está sob sua responsabilidade, guarde estas Regras de Ouro em seu coração:
- Redobre sua atenção quando a criança estiver atravessando situações de risco: mudanças, separações dos pais, morte na família, chegada de um novo irmãozinho, etc.
- Se a criança apresentou uma mudança súbita de comportamento (agressividade, irritação, agitação ou desinteresse), alterações no apetite (tem dificuldade para ganhar peso) ou no padrão de sono (sofre de pesadelos e terrores noturnos), baixa auto-estima (vive dizendo "todo mundo me odeia") ou dificuldade de concentração (p.ex.: queda no rendimento escolar), leve-a para ser avaliada por um profissional de saúde capacitado. Quanto mais cedo a Depressão for diagnosticada, mais fácil e bem sucedido será o tratamento.
- Uma criança sadia, que cresce à sombra de uma orientação afetuosa e honesta, dificilmente desenvolverá um distúrbio depressivo. Por isso, demonstre sempre seu amor na mesma proporção em que cobra disciplina. Esse, talvez, seja o grande segredo de tudo.
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domingo, 19 de junho de 2011

O MEDO

O que você NÃO deve fazer quando seu filho sentir medo



 
Não devemos ignorar os medos das crianças. Tão importante como saber o que fazer é o que NÃO se deve fazer quanto à superação do medo de uma criança. É muito importante que os pais respeitem e busquem entender os medos que seus filhos têm. Os medos são inevitáveis, mas controláveis se a criança conta com a confiança e a ajuda dos pais e responsáveis.

Conselhos que ajudarão a você e a seu filho para que superem juntos o medo



                                          
Não assuste seu filho com histórias de ogros, fantasmas, bruxas, etc., principalmente antes de dormir. Você tem que dizer-lhe que esses personagens somente existem nos contos e filmes. 
Não ria dos temores que seu filho expressa. Se o ridiculariza ou zomba do seu medo, diminuirá sua confiança. Frases como: “não seja bobo”, “crianças como você não devem ter medo disso”, ou “ não tem vergonha de ter esses medos...”, não contribuirão para diminuir o temor que ele sente. Pelo contrário, o desanimará a compartilhar seus temores contigo.
Não transmita mais medo ao seu filho do que ele já tem. Ele necessita ter segurança e confiança. Não ignore seus medos. Não minta, por exemplo, dizendo-lhe que uma injeção não doerá ou algo parecido. Se mente sobre uma situação de medo, produzirá mais temor. Ajude-o a preparar-se para enfrentar a situação com verdade e honestidade. Se seu filho tem medo de ir ao colégio, ouça suas razões, leve-o à escola, visite e mostre sua sala de aula e diga-lhe o quanto irá aprender ali.
Não obrigue seu filho a passar por situações que ele tem medo. Os medos não se superam enfrentando-se a situação de uma vez por todas. Em lugar de ajudar, algumas vezes isso intensifica o medo. Seu filho tem o direito de acostumar-se pouco a pouco com a situação que ele teme. Não o obrigue ver um filme do qual ele tem medo, ou que acaricie um cachorro que ele não gosta.
Não transmita seus temores pessoais ao seu filho. Se você tem medo de aranhas, seu filho pode sentí-lo. A forma como você enfrenta seus próprios medos dará ao seu filho o padrão a seguir para enfrentar situações similares.
Não o chame de covarde, ou infantil se o seu filho se mostra temeroso diante de qualquer situação. Não o ridicularize. Isso não o ajudará em absoluto. O fará sentir-se inseguro, necessitado de carinho, solitário e sem compreensão.
Não o obrigue a afrontar seus medos sozinho. Isso é um enorme erro. Nunca obrigue seu filho a entrar no seu quarto escuro se ele não quiser fazê-lo. Você provocará um aumento da sua ansiedade e contribuirá para esse medo aumentar e até perpetuá-lo. Além disso, o sentimento de não ser capaz de enfrentar a situação não o deixará sentir-se orgulhoso de si mesmo.
Não dê importância demasiada. Se cada vez que vê um cachorro, você se coloca entre seu filho e o animal e insiste que você o defenderá, a criança acabará pensando que todos os cachorros são realmente perigosos e não poderá superar seu medo.
Não ignore os medos do seu fiho. Se assim o fizer, a criança se sentirá perdida e só. Não encontrará a forma de enfrentar o problema e perceberá da sua parte, desinteresse e falta de carinho e de atenção.

                                               


FONTE: http://br.guiainfantil.com/medos-infantis/107-o-que-voce-nao-deve-fazer-quando-seu-filho-sinta-medo.html

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O DESAFIO DE FALAR COM AS CRIANÇAS SOBRE A MORTE

Para elaborar o luto, crianças precisam de informações claras sobre a morte do ente querido; do contrário abre-se espaço para o medo e a culpa

As perdas fazem parte do desenvolvimento humano. Para as crianças, seus significados variam de acordo com a idade e a fase que se encontram. Ao viverem as primeiras experiências de morte, meninas e meninos pequenos não sabem que ela é definitiva e pode ocorrer a qualquer um. 

A tarefa pode ser bastante difícil, já que muitas vezes a família está vivendo seu próprio processo de luto. As tentativas de ocultar o fato ou diminuir sua importância tendem a dificultar sua compreensão. Se a criança nota que lhe ocultam informações ou percebe desvalorização de seus sentimentos, essa experiência ficará gravada na memória e será acessada quando vivenciar novos processos de perda. Além do apoio é necessário esclarecer que as pessoas mortas não voltarão e que todos um dia morrerão, inclusive ela própria, ainda que não se saiba como e quando. Esclarecimentos como o de que a morte de alguém querido não significa que a criança ou as pessoas próximas desaparecerão ao mesmo tempo, são fundamentais para o amadurecimento afetivo. 


                                        



ESPAÇO PARA MELANCOLIA
O luto definido como processo único e pessoal de elaboração de perdas, faz parte da consciencia humana e pode ser vivido por crianças desde muito cedo. Todas as abordagens terapeuticas apontam a importancia do tempo para elaborar e processar a perda. 

A morte de pessoas (especialmente pais e irmãos) pode levar a uma desestruturação do sistema familiar. Também nessas ocasiões a comunicação é fundamental e requer uma maneira adequada de escutar a criança enlutada. Esse contato, livre de censura ou julgamentos prévios deve abrir espaço para expressões de sentimentos. Embora cause sofrimento, a morte de animais de estimação ajuda a criança a compreender os ciclos da vida e superar frustrações com as quais terá de lidar durante toda sua existência. 

EMBORA AJUDEM A DIMINUIR A DOR, METÁFORAS COMO A DA "VIAGEM ETERNA" TENDEM A CAUSAR CONFUSÃO E SOFRIMENTO

Quer saber mais? Procure ajuda de um profissional, ele saberá lhe encaminhar a melhor direção!

                                              


Larissa Dalbosco
CRP 12/09775
Atendimento clínico - Clínica São Lucas - Imbituba SC
(048) 9905 5550